Tive uma longa conversa com o meu passado. Ele estava acanhado e apenas me mostrou um retrato; um retrato meu que estava guardado, estava preto e branco quase desbotado. O meu coração tremeu, meu corpo se remexeu e meus olhos ficaram úmidos. Olha o que você fez comigo, passado. A foto mostrou que eu esqueci do perfume do ambiente em que aquela foto foi tirada, esqueci do que eu estava pensando naquele momento em que eu sorria, esqueci até de quem estava junto. Esqueci de tanta coisa que foi tão importante para mim. Tudo isso foi a razão do meu sorriso gigantesco refletido na pequena fotografia. Como posso esquecer de tais coisas, passado? Como você fez isso comigo? São coisas que parecem tão irrelevantes em nossas vidas, mas fazem tanta diferença. Esses pequenos detalhes que fazem nossa vida ser o que é.
Palavra alguma explica qual é o sentimento de se deparar com o passado, mesmo que seja por uma fotografia. Muitos dizem não sentir nada, não os entendo. A dor fica atada, mesmo sendo fraca, fica atada. A dor de ter esquecido algo que eu tanto queria lembrar. Faltava vida em cada canto do meu corpo, mas tinha tanta na foto. Eu estava me sentindo abreviada, sem brilho algum.
O vazio me dominava, e domina ainda. O vazio encobre até o céu, e esconde dos meus olhos a lua. A lua das memórias, a lua das lembranças. Ah, passado, olha o que você fez. Ouço um pequeno grito, o grito que eu já conheço. É o grito da impotência, eu queria poder lembrar de tudo que já me fez feliz algum dia. Não estou te culpando memória, você não tem culpa, é só mais uma vítima como eu.
Todas essas pequenas coisas que acontecem em nossas vidas é que fazem nossas vida acontecerem. Como conseguimos viver sem essa parte? É como se faltasse algo, a razão por sermos quem somos. Nós nunca sabemos quem somos porque nunca lembramos quem já fomos. E nesse presente tão ligado com o passado, eu experimento o amargo da falta de memória, o amargo sumo.
Mas o que me conforta é que no fundo, nesse tempo que vai longe, sempre temos dentro de nós o nosso passado que de vez em quando aflora e se abre para nós. Aquele passado que ainda carrega o mesmo fascínio latente no peito que temos desde sempre, isso nunca é apagado. É só preciso de uma fotografia ou algo do tipo que é trazido de volta todo esse sentimento nostalgico que nos faz lembrar quem realmente somos e o por que de sermos quem somos. Olha o que você faz com nós, passado.
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Blockquote
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Duis non justo nec auge
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Vicaris Vacanti Vestibulum
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Grito de socorro.
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L
às
15:06
sábado, 19 de junho de 2010
Almas apagadas, corpos ativos.
Corações iludidos, sentimentos fugitivos.
Razão alada em uma esperança desesperada.
Quase desaparecida, cadê você esperança?
Oh, Deus, até quando essas almas irão se apagar?
E esses corpos lutar?
Os corações se iludirem? Já pensou em parar com isso?
Com isso, por isso e disso, vejo esses sentimentos fugirem.
Não fujam sentimentos, meus sentimentos.
Olhos ensaguentados pela falta de razão.
Esperança morta por um canhão.
Talvez até dois ou três, são muitos de uma só vez.
Oh, Deus, até quando essas almas irão se apagar?
E esses corpos lutar?
Os corações se iludirem? Já pensou em parar com isso?
Com isso, por isso e disso, vejo esses sentimentos fugirem.
Sentimentos de paixão? Não conhecem não.
Aqueles que brigam são irmãos de fé, corpo e coração?
Não lembram disso não.
Até onde você consegue ir coração?
Foram cegados por capital.
Ou talvez o petróleo, até mesmo o gás natural.
Você consegue acreditar nessa ausência de razão?
Não.
Até onde isso irá? Você sabe?
Ninguém sabe.
Quem sabe anos, ou nunca.
Até onde o corpo aguentar, a alma não mais se junta.
Oh, Deus, até quando essas almas irão se apagar?
E esses corpos lutar?
Os corações se iludirem? Já pensou em parar com isso?
Com isso, por isso e disso, vejo esses sentimentos fugirem.
Não irão entender que da vida nada se leva?
Apenas se leva a vida.
E isso importa?
Eles querem a vida morta.
Eles querem a vida morta.
José Saramago, morre uma inspiração.
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L
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16:19
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Morreu hoje, 18 de Junho de 2010, José Saramago. Mais especificamente, José de Sousa Saramago; nascido em Azinhaga, 16 de Novembro de 1922. Foi escritor, argumentista, poeta, jornalista, dramaturgo e inspiração. Sim, inspiração. Recebeu o prêmio Nobel da literatura. Ele foi simplesmente o homem responsável pelo reconhecimento internacional da língua portuguesa. Uma verdadeira inspiração.
A maneira inovadora de escrita, misturando as falas dos personagens com o próprio parágrafo, o que nos dá aquela sensação de surrealismo; as reflexões, o tudo, tão originais, tão renovadores, tão José Saramago.
Inicou-se quieto, com a "Terra do Pecado" (1947) - o esboço do desejo de uma nova sociedade com a mulher libertada - e chegou nos cinemas internacionais (2008), Fernando Meirelle na direção, com sua obra avassaladora "Ensaio sobre a Cegueira" (1995) de base - o livro que nos faz enxergar a humanidade frente ao caos. Uma verdadeira, e inacreditável, inspiração.
As obras de Saramago nos transportam a um mundo paralelo em que podemos nos enxergar de perspectiva; nos criticar; nos avaliar. Suas inúmeras e - na minha opinião - maravilhosas obras possuem aquela verve ácida e sútil. Uma total inspiração para aqueles que bebem o tudo que a sociedade nos oferece e cospem as reflexões do rumo que a mesma está levando aos poucos.
Muitos o criticam com teses religiosas sobre sua postura diante a Igreja católica e às demais religiões, no qual afirma ser tudo um puro cinismo. O maior erro da sociedade é injetar Deus em todas as discussões alegando ofensa. Mas não entraremos nesse assunto, religião é algo frágil de se discutir. A inspiração comentada é Saramago agora.
Por essa forte perseguição tanto da Igreja como dos próprios católicos, e com a publicação de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" - que foi censurada pelo governo português - exilou-se em Lanzarote, aonde viveu até hoje.
Saramago, seguindo suas próprias ideias e sugestões aplicadas nas magníficas obras, teve forte influência também na política. Em 1969 aderiu ao partido comunista e participou em 1974 na Revolução dos Cravos, que acabava com a ditadura de Salazar. E ainda sim há pessoas que não o consideram exemplo de vida, de defesa de ideias e de, mais uma vez, inspiração - hei de repetir essa palavra diversas vezes ainda.
Em 2008, saiu em defesa do escritor e poeta nicaraguense, Ernesto Cardenal, marginalizado e perseguido pelo regime sadnista. Se remetendo contra o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, a quem acusou de ter má consciência e de não fazer juz ao seu passado revolucionário.
E por fim, dessa pequena retrospectiva de uma vida maravilhosa, no começo do ano relançou seu livro "A Jangada de Pedra" em uma nova edição que convertia todo o valor recebido pelo livro em ajuda para o fundo de ermegência Cruz Vermelha para ajuda ao Haiti.
Mas todas essas revoluções e esses anos de vida não são o que verdadeiramente importa; o importante é a mensagem deixada nas entrelinhas. A forma de crítica nos ensinada e a visão controversa do que chamamos de sociedade. Me ataque por eu ter minhas veias revolucionárias, mas não negue a verdade presente em cada letra desse pequeno texto. E a inspiração.
Diversas inspirações já nos deixaram de luto literário, para não citar os globais, com coração arrebentado e cegos da realidade. Douglas Adams, Franz Kafka, Jorge Luis Borges, o incomparável Shakespeare, Clarice Lispector, Albert Camus, Camões, Gregório de Matos, Machado de Assis, Mary Shelley, entre inúmeros outros! Eu poderia ficar horas e horas citando todos. São tantos que marcaram a literatura, a história, o mundo!
Agora o mundo terá que aprender a viver sem você, Saramago. Sem o grande homem que era, sem as ideias, sem nada. Mas temos suas obras em que, por palavras, eternizaram sentimentos, reflexões, perspectivas e inspirações. A minha amada inspiração.
Prometo cuidar para que a sociedade não fuja do que você tanto lutou para conseguir implantar em nossas cabeças.
Se precisar irei até as estrelas para contar-lhe. Eu sei que lá é aonde você está, junto com todos os outros citados. Seu brilho, assim como as estrelas, nunca irá se apagar mesmo depois de falecido e irá ser visto por todos depois de tantos e tantos anos. Você é uma inspiração eterna, de vida, de ideias e de brilho.
Essa pequena homenagem é com carinho de uma grande fã de apenas 16 anos que o mínimo de noção que tem do mundo é graças às suas obras e tantas outras guardadas na minha escrivaninha, meu altar sagrado. Minhas inspirações que mesmo mortas, nunca serão esquecidas e, sim, sentidas.
A maneira inovadora de escrita, misturando as falas dos personagens com o próprio parágrafo, o que nos dá aquela sensação de surrealismo; as reflexões, o tudo, tão originais, tão renovadores, tão José Saramago.
Inicou-se quieto, com a "Terra do Pecado" (1947) - o esboço do desejo de uma nova sociedade com a mulher libertada - e chegou nos cinemas internacionais (2008), Fernando Meirelle na direção, com sua obra avassaladora "Ensaio sobre a Cegueira" (1995) de base - o livro que nos faz enxergar a humanidade frente ao caos. Uma verdadeira, e inacreditável, inspiração.
As obras de Saramago nos transportam a um mundo paralelo em que podemos nos enxergar de perspectiva; nos criticar; nos avaliar. Suas inúmeras e - na minha opinião - maravilhosas obras possuem aquela verve ácida e sútil. Uma total inspiração para aqueles que bebem o tudo que a sociedade nos oferece e cospem as reflexões do rumo que a mesma está levando aos poucos.
Muitos o criticam com teses religiosas sobre sua postura diante a Igreja católica e às demais religiões, no qual afirma ser tudo um puro cinismo. O maior erro da sociedade é injetar Deus em todas as discussões alegando ofensa. Mas não entraremos nesse assunto, religião é algo frágil de se discutir. A inspiração comentada é Saramago agora.
Por essa forte perseguição tanto da Igreja como dos próprios católicos, e com a publicação de "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" - que foi censurada pelo governo português - exilou-se em Lanzarote, aonde viveu até hoje.
Saramago, seguindo suas próprias ideias e sugestões aplicadas nas magníficas obras, teve forte influência também na política. Em 1969 aderiu ao partido comunista e participou em 1974 na Revolução dos Cravos, que acabava com a ditadura de Salazar. E ainda sim há pessoas que não o consideram exemplo de vida, de defesa de ideias e de, mais uma vez, inspiração - hei de repetir essa palavra diversas vezes ainda.
Em 2008, saiu em defesa do escritor e poeta nicaraguense, Ernesto Cardenal, marginalizado e perseguido pelo regime sadnista. Se remetendo contra o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, a quem acusou de ter má consciência e de não fazer juz ao seu passado revolucionário.
E por fim, dessa pequena retrospectiva de uma vida maravilhosa, no começo do ano relançou seu livro "A Jangada de Pedra" em uma nova edição que convertia todo o valor recebido pelo livro em ajuda para o fundo de ermegência Cruz Vermelha para ajuda ao Haiti.
Mas todas essas revoluções e esses anos de vida não são o que verdadeiramente importa; o importante é a mensagem deixada nas entrelinhas. A forma de crítica nos ensinada e a visão controversa do que chamamos de sociedade. Me ataque por eu ter minhas veias revolucionárias, mas não negue a verdade presente em cada letra desse pequeno texto. E a inspiração.
Diversas inspirações já nos deixaram de luto literário, para não citar os globais, com coração arrebentado e cegos da realidade. Douglas Adams, Franz Kafka, Jorge Luis Borges, o incomparável Shakespeare, Clarice Lispector, Albert Camus, Camões, Gregório de Matos, Machado de Assis, Mary Shelley, entre inúmeros outros! Eu poderia ficar horas e horas citando todos. São tantos que marcaram a literatura, a história, o mundo!
Agora o mundo terá que aprender a viver sem você, Saramago. Sem o grande homem que era, sem as ideias, sem nada. Mas temos suas obras em que, por palavras, eternizaram sentimentos, reflexões, perspectivas e inspirações. A minha amada inspiração.
Prometo cuidar para que a sociedade não fuja do que você tanto lutou para conseguir implantar em nossas cabeças.
Se precisar irei até as estrelas para contar-lhe. Eu sei que lá é aonde você está, junto com todos os outros citados. Seu brilho, assim como as estrelas, nunca irá se apagar mesmo depois de falecido e irá ser visto por todos depois de tantos e tantos anos. Você é uma inspiração eterna, de vida, de ideias e de brilho.
Essa pequena homenagem é com carinho de uma grande fã de apenas 16 anos que o mínimo de noção que tem do mundo é graças às suas obras e tantas outras guardadas na minha escrivaninha, meu altar sagrado. Minhas inspirações que mesmo mortas, nunca serão esquecidas e, sim, sentidas.
Folha frustrada.
Postado por
L
às
20:23
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Queria escrever alguma coisa, algo que reivindicasse os valores impostos, mudasse opiniões, ou destruísse o senso comum. Mas não consigo. As palavras dentro da minha cabeça se misturam formando um emaranhado de pensamentos. Meus dedos, ao juntar essas letras formando palavras, querem gritar ao mundo - ou apenas a quem está lendo - algumas verdades e todas as revoltas. Mas meus dedos estão calados, quietos e imóveis. Tento não pensar que é uma mostra de fraqueza ou que é apenas uma falta de criatividade. Pensar nessas possibilidades me assusta, eu quero escrever.
Quero preencher todo esse largo espaço em branco com os meus valores, minhas crenças, meus amores e até minhas dores. Só que eu não consigo.
A pressão do pensamento me sufoca; tenho que escrever, mas não consigo suprir minhas vontades, muito menos minhas necessidades.
Quero escrever coisas que vão mudar o mundo e o rumo de tudo; só quero, pois não consigo. É mais forte do que eu toda essas frustração e sensação de incapacidade, dói em cada canto do meu corpo, e da minha alma, que estou aqui, na ativa, escrevendo, e no fim, não escrevi nada. Nada que possa realmente ser lido e refletido.
No fundo, somos influenciados pelos pensamentos externos mesmo! Nossa transcedência sempre tem uma vogal ou outra que não é nossa, ela foi imposta!
Nós escrevemos e, involuntariamente, colocamos palavras, letras e frases do senso comum; o senso comum somos nós. Cada letra que nos obrigam a escrever, é uma parte nossa. É triste pensar que mesmo que eu me esforce, minhas palavras não farão efeito, nem nas folhas dos outros, nem na minha própria folha - a que mais importa. Oras, não gosto de palavras externas e condensadas nas minhas frases! Ou você gosta?
Queria escrever em caixa alta para quem puder, ou quiser, me entender. Mas não consigo, só consigo preencher minha folha com ideias inúteis que ninguém irá ler, muito menos me escutar.
Escrevi, escrevo e ainda irei esrever, porque é assim que tem que ser. Quero escrever do meu jeito fazendo palavras de efeito, mas não consigo, ninguém me lê. Quero viver do eu jeito fazendo atos de efeito, mas não consigo, ninguém me vê.
Essa folha é só mais um desabafo por todas as outras folhas que escrevem, escrevem e escrevem e não escrevem nada. Os pensamentos externos, as orações ordinárias, entram, influem e apagam mesmo.
No fim, não importa quantas palavras escreveu ou quantas frases formou, será ainda só mais uma folha, como outra qualquer.
Escrevo com entusiasmo e amor, e ninguém lê. Vivo com intensidade e sonhos, e ninguém vê. Eu não me faço vista, não há como se fazer tal no meio tantas paisagens mais interessantes. Serei sempre só mais uma folha entre tantas em uma grande folhagem. E quem se importa? Sou só uma folha desinteressante e frustrada.
Quero preencher todo esse largo espaço em branco com os meus valores, minhas crenças, meus amores e até minhas dores. Só que eu não consigo.
A pressão do pensamento me sufoca; tenho que escrever, mas não consigo suprir minhas vontades, muito menos minhas necessidades.
Quero escrever coisas que vão mudar o mundo e o rumo de tudo; só quero, pois não consigo. É mais forte do que eu toda essas frustração e sensação de incapacidade, dói em cada canto do meu corpo, e da minha alma, que estou aqui, na ativa, escrevendo, e no fim, não escrevi nada. Nada que possa realmente ser lido e refletido.
No fundo, somos influenciados pelos pensamentos externos mesmo! Nossa transcedência sempre tem uma vogal ou outra que não é nossa, ela foi imposta!
Nós escrevemos e, involuntariamente, colocamos palavras, letras e frases do senso comum; o senso comum somos nós. Cada letra que nos obrigam a escrever, é uma parte nossa. É triste pensar que mesmo que eu me esforce, minhas palavras não farão efeito, nem nas folhas dos outros, nem na minha própria folha - a que mais importa. Oras, não gosto de palavras externas e condensadas nas minhas frases! Ou você gosta?
Queria escrever em caixa alta para quem puder, ou quiser, me entender. Mas não consigo, só consigo preencher minha folha com ideias inúteis que ninguém irá ler, muito menos me escutar.
Escrevi, escrevo e ainda irei esrever, porque é assim que tem que ser. Quero escrever do meu jeito fazendo palavras de efeito, mas não consigo, ninguém me lê. Quero viver do eu jeito fazendo atos de efeito, mas não consigo, ninguém me vê.
Essa folha é só mais um desabafo por todas as outras folhas que escrevem, escrevem e escrevem e não escrevem nada. Os pensamentos externos, as orações ordinárias, entram, influem e apagam mesmo.
No fim, não importa quantas palavras escreveu ou quantas frases formou, será ainda só mais uma folha, como outra qualquer.
Escrevo com entusiasmo e amor, e ninguém lê. Vivo com intensidade e sonhos, e ninguém vê. Eu não me faço vista, não há como se fazer tal no meio tantas paisagens mais interessantes. Serei sempre só mais uma folha entre tantas em uma grande folhagem. E quem se importa? Sou só uma folha desinteressante e frustrada.
Pessoas.
Postado por
L
às
22:44
terça-feira, 15 de junho de 2010
Eu tenho sorte por conhecer pessoas incríveis, em que eu ouso chamar de minhas. Sim, minhas. As minhas pessoas. De tudo que eu já vivi, já tive nessa vida, de tudo pelo que eu passei o que eu mais gostei foi das minhas pessoas.
Elas surgem dos lugares mais inimagináveis e entram na minha vida de uma maneira surreal, só muda o grau da surrealidade. E vão contra todas as minhas expectativas - pelo meu forte defeito de sempre julgar alguém antes de conhecer - elas sempre me supreendem ou de uma maneira boa ou ruim. Não importa, elas me surpreendem. Usar a palavra "diferenças" nunca soou tão "encaixável" em um pequeno texto em um blog totalmente despreocupado com as preocupações. São essas diferenças que encontramos nas pessoas que passam pelas nossas vidas que formamos cada pontinha de nós. Desde sua mãe até o caixa do super mercado; todos fazem parte de você. O que seria de você sem essas pessoas?
Não soa atraente saber que não há ninguém igual a você? As diferenças das pessoas pode parecer tão desimportante que ao mesmo tempo é o que faz a mágica de só você ser você existir em nós.
Aprendemos desde o mínimo com as pessoas. Ai, como eu amo as pessoas. As minhas pessoas.
Todos que passam por minha vida constroem um pouco de mim. Há, claro, aqueles que me atraio mais, mas nada tira o fato que o mendigo, que mora na esquina da minha casa, que todo dia vem me cumprimentar também não faça parte do pouco que eu sou. Sem ele eu não ia conseguir entender o que é realmente miséria e como no fundo eu sou feliz nessa minha vidinha boa-desinteressante-confortável.
As minhas pessoas são todas que algum dia já receberam ou um sorriso ou um olhar de reprovação meu. Não me importa agora de quem eu sou emocionalmente compátivel ou não, não é disso que estou falando. Estou falando das minhas pessoas no metafísico. Todas são minhas; todas são eu de uma certa forma; todas as pessoas que passam pela minha vida deixaram um pedaço delas em mim para que no futuro eu possa olhar para trás e ver que o pouco que eu sou é alguma coisa.
Graças às minhas pessoas - que ouso dizer que são os maiores e mais atraentes mistérios da natureza a serem desvendados.
Elas surgem dos lugares mais inimagináveis e entram na minha vida de uma maneira surreal, só muda o grau da surrealidade. E vão contra todas as minhas expectativas - pelo meu forte defeito de sempre julgar alguém antes de conhecer - elas sempre me supreendem ou de uma maneira boa ou ruim. Não importa, elas me surpreendem. Usar a palavra "diferenças" nunca soou tão "encaixável" em um pequeno texto em um blog totalmente despreocupado com as preocupações. São essas diferenças que encontramos nas pessoas que passam pelas nossas vidas que formamos cada pontinha de nós. Desde sua mãe até o caixa do super mercado; todos fazem parte de você. O que seria de você sem essas pessoas?
Não soa atraente saber que não há ninguém igual a você? As diferenças das pessoas pode parecer tão desimportante que ao mesmo tempo é o que faz a mágica de só você ser você existir em nós.
Aprendemos desde o mínimo com as pessoas. Ai, como eu amo as pessoas. As minhas pessoas.
Todos que passam por minha vida constroem um pouco de mim. Há, claro, aqueles que me atraio mais, mas nada tira o fato que o mendigo, que mora na esquina da minha casa, que todo dia vem me cumprimentar também não faça parte do pouco que eu sou. Sem ele eu não ia conseguir entender o que é realmente miséria e como no fundo eu sou feliz nessa minha vidinha boa-desinteressante-confortável.
As minhas pessoas são todas que algum dia já receberam ou um sorriso ou um olhar de reprovação meu. Não me importa agora de quem eu sou emocionalmente compátivel ou não, não é disso que estou falando. Estou falando das minhas pessoas no metafísico. Todas são minhas; todas são eu de uma certa forma; todas as pessoas que passam pela minha vida deixaram um pedaço delas em mim para que no futuro eu possa olhar para trás e ver que o pouco que eu sou é alguma coisa.
Graças às minhas pessoas - que ouso dizer que são os maiores e mais atraentes mistérios da natureza a serem desvendados.
Extrema futilidade.
Postado por
L
às
23:22
sábado, 12 de junho de 2010
Domina o seu ser e o seu nada ser, a futilidade fria, extrema e condensada na vida. A vida vazia, a vazia vida. Quando partir, não levará nada mesmo, para que isso? Nem esse egoísmo narciso que eu, particularmente, chamo de futilidade suprema. Lembre-se que isso não me afeta e nem a ninguém, apenas a você. Só você sai perdendo com essa futilidade extrema por não conseguir se identificar como ser nesse mundo vazio repleto de pessoas exatamente como você. Mundo de sofrida vida fútil que o que importa é o Eu, não o Nós; que o que importa é o que eu tenho não quem eu sou. Mundo que não envolve emoção nem razão. O ser fútil é uma demonstração de um ser não real, apenas estereotipado alheio ao mundo e a qualquer noção que rege o tudo. Mas nosso mundo é vazio mesmo; não conseguimos seguir nem com a nossa pequena razão alijada dessa extrema futilidade. Aquela futilidade que está compactada no drama das vidas alienadas e despreocupadas.
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