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Incluindo-me em uma sociedade não real: a minha.
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O que vamos fazer agora?

sábado, 15 de janeiro de 2011
Há anos que o mundo está sofrendo e sendo castigado profundamente com os desastres naturais. Pessoas estão perdendo as famílias, os amigos, as casas, as estruturas, a vida, a esperança e os sonhos. E não é de hoje. Não me lembro exatamente quando tudo isso começou; quando começamos a ter essas lágrimas nos olhos e a dor no coração; quando começamos a ter medo de algo tão bonito como a natureza; quando tivemos que começar a sermos fortes e solidários em nível extremo; quando vimos tudo de mais valioso ser perdido em minutos; quando tivemos que saber usar a fé, mesmo parecendo que não existe mais depois de tanta tragédia.

Minha memória mais forte é da grande tsunami na Tailândia para frente, eu era muito nova antes disso. Lembro-me bem de ter ocorrido um dia depois do Natal e ter pensado “essas pessoas comemoraram o nascimento do menino Jesus e agora estão morrendo”, eu deveria ter uns 11 anos. Ano passado fiquei muito triste pelas almas que mal puderam comemorar o ano novo que veio por causa do deslizamento em Angra dos Reis, junto com as enchentes, e das pessoas que viram seu país, já precário, ser destruído totalmente concomitante com suas devidas esperanças, no Haiti. E tantos outros desastres que me falham a memória agora.

Em tantas catástrofes temos que aprender a ser solidários, a ajudar quem tanto precisa. Nós temos que mandar além de meios materiais, meios espirituais, desejar o melhor, lançar forças positivas. Temos que sentir a tristeza deles, porque somos todos irmãos, somos todos seres humanos; temos que desejar a felicidade das vítimas e um bom descanso das almas dos que partiram. Começamos a ter que enxergar as possibilidades e os planos para consertar os desastres, a voltar a ficar de pé. E, principalmente, temos que enxergar a esperança, mesmo sendo tão difícil. Entendo bem que não é fácil, mas temos, precisamos mais do que nunca um do outro.

O que me deixa mais sensibilizada depois de tudo isso, não é apenas ver tudo cair sob meus olhos, é saber que a culpa de tudo isso é de nós mesmos. Entramos em um emaranhado de problemas há muito tempo que só agora estamos sofrendo as consequências, há pessoas morrendo por nossa culpa. Como diria o bom e velho ditado: estamos colhendo os frutos que produzimos. Mas eu me pergunto o porque de tudo isso.

Por que não pensamos antes que tantas indústrias e tecnologias em massa desestabilizam o meio ambiente? Por que não respeitamos desde o começo as limitações naturais? Por que não tentamos entender a camada de Ozônio e o Efeito Estufa quando elas começaram a mostrar os primeiros sinais de que não aguentavam segurar as pontas por mais tempo, como o derretimento das geleiras e as mudanças drásticas nos climas? Por que fomos cegos com tantos mínimos detalhes que podem ser a explicação para tudo que está acontecendo agora? Por que fomos geniosos ao não entender que lixo não pode ser jogado na natureza? Por que não entendemos desde sempre que, como nós, a natureza tem vida e sofre? Por que esperamos tudo isso acontecer? Por que não fizemos tudo certinho para não ver as pessoas morrerem por culpa apenas nossa? Por que erramos tanto sabendo que era errado? Por que nós seres humanos não somos solidários sempre, não apenas quando não temos mais escolhas e o amor se torna o único sentimento, principalmente com a natureza? Por que não entendemos que tudo na vida respeita a lei da física que toda ação sofre uma reação? Por que nós achamos que somos os únicos habitantes desse gigantesco e diversificado mundo e que podemos fazer o que bem entendemos, como se fossemos nós que mandassem? Infelizmente são questões que não podem ser respondidas.

Ainda vamos sofrer muito com isso, ainda veremos diversas vidas e sonhos serem perdidos. Sonhos de ter uma família feliz, uma casa boa, um lugar estruturado, de ter felicidade em nosso coração ou até mesmo sonho de se continuar a viver. Ainda vamos sentir muito medo e um sentimento estranho de angústia por não saber o que fazer nem o que vai acontecer conosco, muito menos se somos as vítimas e não podemos nem saber se temos alguma chance de continuar vivendo quando acordamos no dia seguinte. Ainda vamos ter lágrimas presas nos nossos olhos que teimam em cair a cada milésimo de segundo como se não houvesse outra coisa a se fazer em um momento desses. Ainda vamos ter que sentir a dor dos outros e ajudar de qualquer jeito mesmo que seja com orações e forças positivas. E o pior de tudo, apesar de sabermos as consequências, ainda vamos continuar não respeitando a natureza e sofrendo cada dia mais. E até mesmo a culparemos dos nossos próprios erros, uns que podiam muito bem ter sido evitados.

Mas podemos fazer diferente para mais pessoas não sofrerem pelos nossos erros; podemos parar de ser egoístas e fazer as pazes com o que sobrou da natureza; podemos começar do zero. Podemos tudo, só nos basta tentar e fazer acontecer. E então te pergunto uma última coisa: o que vamos fazer agora para mudar o curso e mostrar que somos capazes? Vamos tentar, nós podemos. Eu sei que podemos. Pudemos destruir o mundo, agora podemos o construir de novo.

31 de Dezembro: o dia que esperamos.

sábado, 1 de janeiro de 2011
Se eu tivesse que escolher agora o dia mais importante do ano dentro de todos os trezentos e sessenta e cinco dias que um ano suporta, até trezentos e sessenta e seis, dependendo se for bissexto, eu com certeza não iria escolher o Natal, fugindo então de qualquer ideologia cristã, e muito menos o meu aniversário, não seguindo aquela linha egocêntrica, mas eu escolheria, sem pensar duas vezes, o dia 31 de Dezembro.
Às vezes todos nós, seres humanos, independente da cultura que pertencemos ou da religião que seguimos, não interessando se somos núbios ou indo-europeus, se vemos o sol nascer ou ele se pôr, esquecemos o porquê de vivermos, o porquê de continuarmos lutando por nossas vontades e pelo nosso sucesso. Todos nós esquecemos. Esquecemos que esse porquê de tudo é a esperança que carregamos em nossos peitos ou até mesmo nas costas, não importa se você a vê com orgulho ou como peso.
A esperança nos faz dominar o mundo todo e sua metafísica; nos abre caminhos, mares e destinos; nos faz esquecer dos medos em nossos olhos e nos faz sorrir com o coração. Mas parece que as pessoas esquecem desse sentimento: o de querer e o do poder - a nossa fé. Só que no dia 31 de Dezembro tudo é diferente, nós realmente cremos e esperamos algo. Por isso gosto tanto dessa data, ela é mágica e interessante.
As pessoas acreditam em uma alegria igual a um voo de pássaro que só está esperando para começar. O universo começa a se movimentar em constante renovação, a natureza muda a cada instante como se estivessem conspirando a favor das forças positivas que se encontram em cada lacuna do nosso espírito. É como se acreditássemos fielmente que todos os nossos sonhos não realizados até então vão finalmente se concretizar. As tempestades da vida desaparecem por segundos quando os fogos de artifício e os gritos anunciam que o novo ano está presente.
Fechamos os olhos e entrelaçamos as mãos e os sentimentos apenas para pedir que coisas boas aconteçam nesse ano; colocamos a nossa fé, sempre esquecida nos outros dias, nas mãos de forças superiores. De repente, os olhos e os sorrisos se cruzam com os das pessoas presentes, não importa se for família ou amigos, não importa com quem estamos dividindo esse momento, e em um abraço caloroso só um pensamento surge: o de paz. E no dia 31 de Dezembro assumimos o nosso medo. O medo do futuro.
Muitas vezes, a maioria na verdade, fingimos não termos medo, fingimos não apavorarmos com o que se aproxima que é tão incerto. Apenas apertamos esse medo para dentro de nós e ficamos o segurando tanto que ele acaba nem se manifestando na nossa rotina, como se fosse nulo. Ele perde lugar para outros sentimentos, os de indiferença e desinteresse. Não gostamos de assumir que temos medo de que o que esperamos não se realize, mesmo que no fundo isso esteja gritando e latejando. Mas no dia 31 de Dezembro a indiferença e o desinteresse somem junto com a mágoa, o rancor, o ódio e a tristeza e dão espaço para a esperança. A esperança de sermos livres pra conseguirmos realizar tudo que queremos nesse ano que nos espera.
Todas as pessoas se sentem dessa maneira, todas mesmo. Não importa a origem, a língua, a cultura, a nação, a religião, a cor, a classe social ou os problemas e o desejos que cada um carrega. Todos os seres humanos lembram-se de apenas uma palavra: esperança.
E é por isso que eu amo essa data, gosto de ver as pessoas lembrando o porquê de estarmos aqui e o porquê de vivermos. Gosto de ver as pessoas esperando que a felicidade chegue à elas, não importa do que a felicidade de cada um é feita, se é com meios materiais, meios físicos ou até espirituais. Então, se algum dia você me perguntar qual é o dia mais importante do ano, já sabe a resposta.
Um feliz ano novo meu para você e para toda sua família e amigos. Que os sonhos de todos finalmente adentrem suas casas e seus corações e nunca, mas nunca mesmo, se esqueça de crer e esperar pelo melhor. Não apenas no Ano Novo, mas como em todos os dias de sua intensa vida.