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Incluindo-me em uma sociedade não real: a minha.

Busca incontável.

terça-feira, 31 de agosto de 2010
Não sei exatamente quem sou eu, muito menos quem eu sou - não pense que foi redundante da minha parte, não foi; use sua imensurável capacidade interpretativa que entenderá. Quando penso em mim, não sei sobre o que pensar e quando falo de mim, não sei em que ou quem me baseei. De onde vem minhas crenças, meus valores e minhas vontades? De onde vem minhas palavras e meus pensamentos? Não sei; algo curioso, posso te dizer de primeira. Tenho medo de chegar em conclusões de ser alguém que apenas acho que eu sou, já se sentiu assim? Pensar que você não é exatamente quem você acha que você é? Eu já, diversas vezes. Percebo que às vezes exprimo tanto ser uma pessoa que acabo me transformando nela. Preciso me encontrar, entender o que eu penso e o que eu falo; seguir os caminhos vazios e ignorados que me levam à uma profunda análise sobre a pessoa que digo ser eu.
Não sei o quão dramático e existencial esse texto está parecendo, mas de vez em quando essa dúvida toda me arrebate e sinto uma necessidade enorme de me definir. É como se fosse uma estrada sem fim em que tudo parece distante e incessantemente desgastante. Perdi as contas de quantas vezes passei por essa situação e só consegui chegar à mais dúvidas; só que sinto que cada vez, com mais dúvidas, mais eu amadureço. Quem sabe o amadurecimento chegue à uma resposta? Eu pensava assim antes, não acredite nisso, por favor. Ao contrário do que as pessoas estão acostumadas a dizer, o amadurecimento não te trará o mar de respostas para suas perguntas sem fim, só trará perguntas mais difíceis que te fará esquecer daqueles questionamentos cândidos que você se preocupava tanto antes, como uma simples pergunta de quem você é.
Voltando ao assunto de quem eu sou... talvez eu seja só mais alguém pensando no que é o próprio ser, que não chega à uma resposta, já até mudei várias vezes de opinião! Quando eu era mais nova, menos de  um metro e cinquenta, pensava que eu era uma super heroína que só faltava um chamado dos Deuses mitológicos para salvar o mundo. Ridículo, eu sei. Não me culpe, culpe os diversos desenhos animados que ocupavam minhas tardes. Quando cresci pensava que eu era parte de alguma história fictícia, às vezes acredito nisso até hoje. Ao enfrentar um problema paro e penso se realmente estou vivendo isso.
E agora? Quem eu sou? Poderia me definir superficialmente como alguém nas vésperas de se formar no colegial e entrar para uma faculdade. Mas como eu disse antes, talvez seja apenas o que eu penso que eu sou. Eu posso ser muito mais que isso, ou muito menos. Como disse uma vez Augusto Cury "há muitos anos me pergunto quem eu sou. Quanto mais me pergunto, menos sei quem sou. O que eu penso que sou não é o que eu sou".
Enquanto espero todos esses anos passarem para menos eu descobrir, irei continuar nessa busca, mesmo sabendo não haver resposta. Gosto dessa busca, me dá uma animação para pensar. E no meio tempo continuarei mantendo meus segredos ocultos no meu íntimo, minha fragmentação idealista nas pontas do meu incosciente e os devaneios presos no futuro - ou o que eu espero que o futuro seja. Acho que nessas últimas três linhas consegui finalmente me desvendar, talvez eu seja isso: o esconderijo de sonhos infinitos. Ou melhor, não concluí nada, porque ai eu finalmente pararia de buscar, pensar e o pior: escrever. Então continuo sendo essa pessoa inloquente, incoerente e indefinida, assim é melhor.

3 pitaco(s).:

  1. C.M.P. disse...:

    Pra falar a verdade, não é ridiculo achar que é um super-herói - experiencia própria!! haheah, já me senti assim também =))

  1. Bill Falcão disse...:

    Creio que somos como um caleidoscópio, Lê! Não somos apenas um, mas vários.
    E você tem razão quando fala do futuro: não descobrimos grandes coisas e surgem novas perguntas, ainda mais difíceis para alguns.
    Ah, acabo de publicar um pequeno post, anunciando que, em breve, "uma blogueira amiga" vai me mandar uma resenha sobre o livro do Lennon, OK? Não precisa ter pressa, nem fazer um post longo, escreva quando tiver um tempo. Sei que vai ser coisa boa!
    E um bjoooo!!!!
    Please, tira esse "verificador de palavras" dos comentários! Também falo disto no meu post.

  1. Teia de Textos disse...:

    Talvez a graça seja justamente continuar a buscar quem somos, sem que isso seja encontrar uma luz no fim do túnel. =]bjoss

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