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Incluindo-me em uma sociedade não real: a minha.

Desabafo.

terça-feira, 6 de julho de 2010
Em pleno século XXI, o esperado seria ter uma vida melhor e mais fácil com toda essa inclusão digital que era inexistente nos séculos passados. Esperava-se uma revolução de valores e pensamentos junto com a tecnologica, mas para uma garota de 16 e 17 anos nada muda o século que estamos ou o que possuímos como meio de comunicação. A sociedade ainda é a mesma em seu projeto bruto, as regras morais ainda estão impostas e ainda somos sujeitas à toda essa burocracia machista. Temos que já com essa idade pensar em um futuro promissor que trará um bom marido e filhos para criar. Somos mal vistas se nos divertimos em uma noite, se jogamos todos os problemas ao alto e apenas pensamos no momento; não podemos dançar como se fosse a última música guiadas pelo efeito do momento e da pouca idade, que passam pelas nossas veias destacando nossa juventude e ingenuidade. Não, não podemos. Temos que ser garotas de família comportadas pensando em um futuro. Mesmo sabendo que talvez não haja um amanhã.
Estamos em uma idade em que tudo é novo e antigo ao mesmo tempo, estamos na época de nos descobrirmos. Também não aprovam suas escolhas se não renderem um bom emprego e uma boa faculdade. Queremos ser felizes; queremos fazer a diferença; mostrar nossas forças para todo mundo que possa escutar o grito da nossa alma e o almejo dos nossos olhos, sedentos por felicidade. Desejamos ser boas no que queremos fazer, chegando a um ponto que o menor dos nossos problemas é namorar. Estamos preocupadas apenas em conseguir o que queremos, mesmo que para isso precisamos lutar contra tudo e todos. Não é pedir demais. Não é muita coisa querer sentir o frio de uma noite de inverno em uma estação de sonhos; querer correr pelo deserto do futuro sentindo as rajadas de calor do destino. Temos essa cabeça aberta para o que queremos diferente das que nossas avós tinham, por que não aproveitar? Por que a sociedade é tão contra e é tudo tão difícil? Preferem um mundo bloqueado de qualquer opinião alheia do que um composto pelos momentos da nossa vida, aromado pelos nossos suspiros e pensamentos e para ser vivido a partir do que queremos.
Mas isso são apenas pensamentos de uma adolescente em crise, não é?! Sim, é o que todos dizem mesmo. Todos estão errados. Querer viver a vida contra o desejo dos outros e não se submeter a essa pressão da sociedade é o direito, não só de qualquer garota, como garoto também. Lembre-se que ser diferente não é a mesma coisa que fazer a diferença. E eu quero fazer a diferença, vou viver a minha vida; vou viver meus valores; vou colorir o meu mundo do jeito que acho que deve ser e não vou ligar para nada; só quero ser feliz do meu jeito sabendo que talvez não haja um amanhã. Tenho idade para isso e vou aproveitar.

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